terça-feira, outubro 30, 2007
sexta-feira, outubro 26, 2007
quinta-feira, outubro 25, 2007
terça-feira, outubro 23, 2007
Do meu e-mail (XIII)
Este é o trabalho genial de uns miúdos da Universidade do Porto. Explorem bem cada página, clicando em tudo.
Não se limitem a ler, há surpresas de todo o tipo, porque quase tudo tem animação!
Algumas coisas podem demorar um bocadinho a carregar, mas vale a pena a espera. Eis... O Portugal de A-Z:
http://eos.fe.up.pt/exlibris/dtl/d3_1/apache_media/web/7640/index.html
segunda-feira, outubro 22, 2007
domingo, outubro 21, 2007
FITU, GBN e Homenagem
Assistir a este espectáculo em 1.ª fila, graças à Amizade de GBN, foi uma verdadeira dádiva, porquanto me permitiu relembrar os momentos de estudante e sentir uma saudade boa: aquela que percebe que tudo na Vida tem o seu tempo e que vivemos bem aquele que nos tocou viver.
Em especial, destaco a interpretação da Tuna Universitária do Minho e, claro está, da nossa Tuna Universitária do Porto, cada vez melhor técnica e artisticamente. E isto sem qualquer regionalismo bacoco que, sinceramente, não possuo.
Merecidísima, pelo que me tem sido possível observar, foi a homenagem a GBN, magister tunae, que ora se despede das suas funções, depois de mais de três anos de exercício competente, conciliador e afável. Como se disse ontem, tarefa estultícia em um conjunto em que, por cada 40 pessoas, há mais de 80 opiniões...
Muitos e sentidos parabéns, GBN! Pelo trabalho, pela sua maneira de ser e pelos resultados visíveis como magister e, sobretudo, pelos invisíveis.
Como o GBN é um grande poeta, aqui fica "Perdidamente", de Florbela Espanca, pela Tuna Universitária do Porto, na edição do FITU do ano passado, acompanhada por orquestra.
E que venha o XXII FITU!
sábado, outubro 20, 2007
Comunicado
Dom Professor Doutor Mestre Arquitecto Engenheiro Honoris Causa, pela Graça do Senhor Marquis, Ministro dos Assuntos Culturais do Reino do Forno, faz saber e atesta, para os fins tidos por convenientes, que:
a) As expressões “farrucada” e "landreira", apesar de não terem o mesmo exacto signifcado, pertencem à mesma família semântica, indicando, de modo genérico:
i) gente fraca, de baixo nível, mal-educada, barulhenta, incapaz de se comportar de acordo com as regras básicas do trato social.
b) Sublinhe-se que "farrucada" é um nome colectivo, como em, v. g., "que farrucada ali vem!". As suas origens históricas encontram-se numa época em que estava na moda no Reino do Forno falar somente o francês e aqueles que não o sabiam eram segregados do convívio social. Como existia, a crer nos anais de D. Pêro Andrade e Couto, cronista-mor do séc. XV, um cão na corte de nome "Farruco", por corruptela, dado que o animal não falava francês (ou outra língua conhecida), em tom pejorativo e desdenhoso, essas pessoas inadaptadas socialmente passaram a designar-se por "farrucada". Com o decurso do tempo, o significado actual manteve-se próximo do original.
É o que se nos oferece dizer a propósito da consulta solicitada e a que, com a magnanimidade do Senhor Marquis, nos foi ordenado que respondêssemos.
Guarde-se um exemplar deste atestado no Real Arquivo Linguístico Fornense e enviem-se cópias a todos os Reinos da COMUVAMA.Visto pelo Senhor Marquis, que não assina porque manda dizer que Lhe não apraz.
Dado no Palácio das Carrancas, Sede do Ministério dos Assuntos Culturais, aos vinte dias do mês de Outubro do A.G. do Senhor Marquis de dois mil e sete, festa de Santa Teresinha das Ameixas, Padroeira dos Oprimidos (ao nível do trato intestinal).
Dom Professor Doutor Mestre Arquitecto Engenheiro Honoris Causa.
Ministro dos Assuntos Culturais do Reino do Forno
sexta-feira, outubro 19, 2007
Dicionário Alternativo
No entanto, envia-nos agora um novo desafio:
"landreira".
Segundo o Ministério dos Assuntos Culturais, justifica-se este desafio mesmo agora, em virtude da proximidade semântica entre as duas palavras.
Aceitam-se apostas...
quinta-feira, outubro 18, 2007
Mundo de Vista (II) Esclarecida
De facto, a imagem corresponde ao edifício da Igreja de Santa Maria, na cidade maltesa de Mosta.
segunda-feira, outubro 15, 2007
Palco das Letras - O Cerejal
A profusão de risinhos e o espalhafato de algumas reacções (em minha opinião, numa toada um pouco excessiva) quase escondiam a profundidade de um texto denso composto de frases curtas e sincopadas construídas com palavras simples, mas delicadas.
É, pois, num quadro de jocosidade imprópria para a gravidade do momento vivido, que as personagens se vão inconscientemente afundando num naufrágio anunciado: a venda em hasta pública do Cerejal, em finais de Agosto para saldar as múltiplas dívidas que se foram acumulando.
Vai-se, então, encrespando o mar revolto em que uma família de robusta posição social e patrimonial desagua após um passado de glória e respeito. Estamos na Rússia de finais de oitocentos, inícios de novecentos - tão bem descrita, não só por de Tchékov, mas também por Dostoievsky ou Tolstoi - em que a riqueza pessoal se media em número de almas (rectius, escravos, ou melhor, mujiques). E, é nesta encruzilhada de tempos, em que se joga a passagem para um futuro em que o progresso chega ao ritmo do caminho-de-ferro, que vamos conhecendo: uma Luibov Andreievna regressada a casa, após uma desilusão amorosa na civilizada Paris, para um exílio que se avizinha sombrio; o seu irmão Gaev, um jovem de meia-idade que esgota a sua riqueza em rebuçados e que, no fim da vida, tem de trocar o jogo de bilhar por um lugar, bem remunerado, numa instituição bancária; Trofímov, o eterno estudante que, imbuído das lições materialistas, proclama, com alegria, viver acima do amor (como se tal possível e desejável fora!); e o Múgique (Lopákhin) surpreendentemente vazio depois de conquistar o seu sonho, comprando o cerejal, propriedade em que os seus pais viveram agrilhoados ("onde nem na cozinha entravam").
E tudo se desenrola sob o olhar e aroma da personagem principal, símbolo e motor de um passado romântico e glorioso e que tem que ser sacrificado nas arras de um futuro que se antevê civilizado, eficiente e evoluído. O Cerejal não chega a ser visto. Nunca. E, no entanto, está lá. Sempre. O cerejal ou a ideia do cerejal. Não se vê, mas existe. Existirá? Sente-se. Percebe-se a sua presença. E que é existir, senão ser percebido?
No Teatro Carlos Alberto, até dia 21 de Outubro.
domingo, outubro 14, 2007
Lipovetsky
A propósito do seu mais recente livro: A Felicidade Paradoxal. Ensaio sobre a Sociedade do Hiperconsumo, Ed.
As suas reflexões são muito intensas e não nos podem deixar indiferentes, ante a expansão do Homo consumericus.
Aqui ficam alguns excertos que seleccionei:
O bem, o mal, o amor, a generosidade, a solidariedade, não são bens de mercado. (…)
O consumidor actual não consome apenas bens e objectos, consome também cidadania, solidariedade, ética, ecologia (…) Todas as grandes instituições sociais são colonizadas pelo consumismo. (…) O voto estratégico do consumidor político tende a substituir o voto de classe à maneira antiga. (…)
É o fim da moda imperativa. (…) Hoje há muitas modas, há uma moda plural. (…)
Hoje, o drama é que até os pobres são hiperconsumidores, não querem apenas comer, querem mais, querem marcas, aspiram a essa existência, que vêem na publicidade, nos centros comerciais, na televisão. (…)
As pessoas duvidam de si próprias e procuram segurança nas marcas de luxo que no fundo as valorizam, não só aos olhos dos outros como aos seus próprios olhos. (…)
A realidade permite-nos constatar que vivemos na civilização da felicidade (…) A par disso aumentam as depressões, o stress, a ansiedade (…) Temos acesso a muito mais coisas, mas isso não corresponde a mais felicidade. A felicidade paradoxal é essa tensão (…)
Não temos grande poder sobre a felicidade, esta não depende de nós. (…) Não somos nós que a controlamos, é ela que nos controla a nós. (…) Não há solução para a alegria de viver, é um mistério. (…)
O mal-estar do indivíduo prende-se, na minha opinião, muito mais com o seu cada vez maior isolamento. (…)
A nossa sociedade fabrica o caos. (…)
sábado, outubro 13, 2007
Apontamentos de reportagem
2. Jorge de Sousa Braga. Um poeta que desconhecia, mas com vários livros publicados na Assírio & Alvim. Apresentação da sua mais recente obra no mítico Piolho. Sítio pouco propício a que se ouça o que se vai dizendo. Fica a obra pouco consensual do autor, muito marcada pela sua vida de médico obstetra. Darei nota de alguns poemas aqui no blog. Ontem.
3. Também ontem, Concerto de Gala de Abertura do Ano Lectivo pelo Orfeão Universitário do Porto, no Salão Nobre da Reitoria da U. Porto. Fantástica a actuação dos madrigalistas, com notável trabalho de recuperação de músicas da Idade Média. A música sacra teve lugar de destaque, impressionando sobretudo o Credo com interpretações de solistas promissores. Pena foi a fraca adesão da comunidade académica. Tanto se fala em falta de oferta cultural que, quando ela existe, os mais críticos não aparecem. É um sintoma do País e uma realidade da Universidade.
Bem, como diria Raúl Durão, recentemente viajado para outras paragens, ficam estes pequenos "apontamentos de reportagem"...
sexta-feira, outubro 12, 2007
Mais que um sol
"Uma canção simples" (a única disponível no you-tube) colhida no recém-lançado "Jardim" de Tiago Bettencourt
quinta-feira, outubro 11, 2007
Guerreira
ladeados de rubis safirados
escondem janelas de fados
e sons chilreados.
Os lábios esmeraldas
são de translúcido
ventre ponteados;
carnudos na essência,
finos n’aparência.
paradoxal, autoritária,
sedenta de mais,
afinal desejando tão pouco –
somente o pedaço de mar
que em sonhos te prometera
o alado cavalo dos dias
de cujo elmo te apoderaste
e ousaste envergar.
Tu és a Guerreira
d’espada alçada
em fumegantes manhãs d’orvalho
em que te sentas, mas onde nunca descansas.
Assim é o meu fundo:
alvoraçado ser em que descansas,
mas onde nunca, nunca te sentas.
F.L.
quarta-feira, outubro 10, 2007
Perguntas palermas (II)
CORAÇA?
Dicionário alternativo
"farrucada"
Resposta a desafio
"Um homem agigantado e de fera catadura saiu da choupana murmurando sons mal articulados e que pareciam de agastamento."
Lanço agora eu o mesmo desafio a xana, gbn, duarte, maria e baudolino.
terça-feira, outubro 09, 2007
Regresso ao passado e mensagem para o presente
E a mensagem fica, num dia em que para alguém muito próximo ela é importante: "haja o que houver, eu estou aqui"!
Palco das Tretas - Visitas ao Sr. Green
Embora, do ponto de vista formal, a peça seja pautada por uma bem conseguida simplicidade, ela apresenta personagens ricas, pejadas de contradições, segredos, preconceitos, angústias, medos e desejos, mas capazes, pela partilha, própria da amizade, de se superarem. Os temas são interessantes e diversos: o choque de gerações, mesmo dentro da própria família, a solidão, a (in)tolerância, a discriminação religiosa e sexual, as diferentes formas pelas quais o amor se exprime, o embate entre a felicidade e a realidade.
Se estes argumentos não fossem suficientes, acresceriam ainda as magníficas representações dos dois actores, em especial do experiente Norberto Barroca, mas também do jovem Ricardo Trêpa, que naturalmente revelou aqui estar mais seguro em palco do que na sua estreia, também com o TEP, há alguns meses.
* Auditório Municipal de Vila Nova de Gaia
Rua de Moçambique – V. N. Gaia
Telef. 22 377 18 20
E-mail:am.gaia@gaianima.pt
segunda-feira, outubro 08, 2007
Early Night Post (34)
"A sétima porta", Richard Zimler, Oceanos, Setembro 2007, p. 151
Do meu e-mail (XII)
Peçam um tempo extra a quem manda nessa coisa a que chamamos relógio e digam lá se EPC não era um intelectual do povo, no sentido mais profundo e afectivo do termo.
Um daqueles textos que gostaria de ter sido capaz de escrever.
Eduardo Prado Coelho – In Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está
Nós como Nós como matéria-prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais o que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se falsifica a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.
Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é muito chato ter que ler) e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser compradas, sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.
Como matéria-prima de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa.
Esses defeitos, essa CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...
Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa.
E enquanto essa outra coisa não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa Portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda..
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO
E você, o que pensa?.... MEDITE!
sábado, outubro 06, 2007
Yves Larock - Rise Up
E não é que fica no ouvido?
sexta-feira, outubro 05, 2007
Berber
A música é típica daquelas paragens e o mar (sempre ele...) logo em frente acalma os espíritos mais cansados e enervados de frenéticos dias de trabalho.
Vale a pena. Fica a sugestão e o link está nos "T&L Spots".