domingo, fevereiro 27, 2011
Prof. Gastón Chaves
quinta-feira, fevereiro 24, 2011
Say Hey Hey
Por Lengendary Tigerman com DJ Ride, Nel Assassin e João Doce.
Um dos momentos altos do concerto do Coliseu do Porto a 21 de Janeiro.
Verdade (in)conveniente
O economista considera que o sucesso da união monetária deveria ser um dos desafios mais importantes do projecto europeu mas que, na realidade, o euro está a conduzir países em risco como a Grécia ou a Espanha a uma “orgia de empréstimos financiada pelo boom das exportações alemãs”.
In: Público, 23.2.2011.
Ofensa ao Direito Penal
terça-feira, fevereiro 22, 2011
Tretas sobre neve
Temos paz e cólera dentro de nós. Construção e destruição. Vida e morte. Amor e ódio.
E de tudo isto, o que fazemos? Nada. Limitámo-nos a viver tudo isto. Quantas vezes fulminando de cólera quem nos ama e amando quem nos odeia sem que saibamos. (ou mesmo não o ignorando). Nascemos, procriamos (ou não, parece que não é obrigatório) e morremos (esta sim, não se pode passar). Há quem diga que nada de nós fica sobre a terra. Que o fim é simplesmente o fim. O grande vazio, o silêncio eterno. Se assim fosse, porém, como explicar que um desconhecido nos atraia de imediato e um outro nos cause repulsa, sem sequer ter aberto a boca? Como justificar que tenhamos a sensação de ter já vivido algo que se assemelha tanto ao que está a suceder? Há momentos em que sabemos o que o interlocutor vai dizer. Palavra por palavra, como se fossemos o encenador de uma peça que só conhecemos em parte, desconhecendo sempre o fim.
Há, só pode haver, um projecto, uma força, um Ser que vive sem tempo nem espaço. Que se deve fartar de rir com os nossos melodramas, com as nossas glórias, com as nossas pedinchices. Que se ria! E que lhe saiba muito bem! De que adianta dizerem-me que são coisas menores quando são as minhas coisas? O que é humano nunca é menor. Necessita de ser integrado, de ser visto em perspectiva, por certo, mas nunca é menor. Não se criticam sentimentos. Pode e deve, quantas vezes, ajudar-se a ver outros.
***
O branco das árvores, dos seus troncos, e o leito em que a cidade está envolta convidam à reflexão que só as águas permitem. Estas, em estado mais sólido, têm a vantagem de fixar as imagens, ainda que pouco ou nada nítidas. Mas fixam-nas. E não há como a segurança para um Touro. Eu diria, para qualquer ser humano. Bem-vindos à neve!
segunda-feira, fevereiro 21, 2011
The Cavern
Cai neve em Freiburg
Há sol (???) no meu país..."
O grande José Cid devia-se sentir bem por estas bandas...
domingo, fevereiro 20, 2011
Indomável
E, com grande pena, as minhas certezas quanto ao merecimento da atribuição da estatueta ao Colin Firth, pela sua brilhante actuação em “O Discurso do Rei”, ficaram abaladas com a interpretação de Jeff Bridges. E isto, apesar daquele ser um dos meus actores de eleição (que pena não ter recebido o Óscar por “Um homem singular”!), e o último não ser da minha predilecção...
Early Night Posts (76)
Mia Couto, Terra Sonâmbula, Leya SA, 2008, p. 5.
pain
to be alone in anguishing pain
makes one suffer mistily in vain
be not prepared to this undergo
be gentle with those you may know
and now that storm has stepped aside
do not forget who was beside
FL
According to Greta
sábado, fevereiro 12, 2011
Carla Machado
A Prof.ª Carla Machado deixou-nos há poucos dias. O seu legado, para além da obra científica, conta, de entre outros, com uma crónica que não conhecia e que me tem deixado a reflectir. Muito. Identifico-me amiúde com o «síndroma do eterno queixume português», como lhe chama o Prof. Cândido da Agra, amigo da Prof.ª Carla Machado.
Vou esforçar-me por queixar-me menos e viver mais.
Aqui fica a crónica
Carla Machado
Público, 24.8.2006
Vivam os auscultadores!
Parece que tememos cada vez mais estar connosco próprios, como se isso fosse demasiado assustador. Ouvir as vozes que ecoam de dentro não é fácil, mas é extremamente necessário. Imagino como farão os mais maníacos desta obsessão anti-silêncio com o sono. Será que também adormecem ao som de música ou de televisão?
Estamos cada vez mais civilizados, dizemos e dizem-nos. Sentamo-nos em cafés de cadeias internacionais do tipo «Starbucks», numa qualquer cidade europeia há poucas décadas atrás quase inacessível para um vulgar tuga. E lá estão os auscultadores...
Bem, com todas estas tretas tirei os ditos cujos e já não me posso ouvir... Vou voltar aos auscultadores e a textos bem interessantes...
A bem do meu sossego interno...
quarta-feira, fevereiro 09, 2011
Eu e "mim"
sábado, fevereiro 05, 2011
The king's speech
Firth tem aqui um dos seus melhores papéis. O modo como interiorizou a gaguez é brilhante, assim como o misto de fleuma e de sentimentos que assolavam o interior de réis ainda em adaptação às mudanças no Império e ao dealbar da II Grande Guerra.
Vale ainda como documento histórico, relatando o processo de abdicação de Eduardo VIII por via do desejo deste casar com Wallis Simpson.
Quase que se fica com pena dos monarcas... mas se pensarmos melhor, pena mesmo era do povo que não tinha as mesmas mordomias...
Nomeações bem merecidas aos Óscares! A ver vamos!
sexta-feira, fevereiro 04, 2011
quinta-feira, fevereiro 03, 2011
Early Night Posts (75)
Aquele acontecimento aumentou mais ainda a tensão que reinava no bairro. O administrador temia sobretudo uma coisa: que os habitantes se apercebessem que a união deles constituía uma força poderosa para fazer frente ao futuuwat. Por esse motivo julgava necessário acabar com Rifa`a e com todos os que podiam tomar o seu partido.
(…)
Contudo porque será que o nosso bairro sofre de amnésia?
(…)
- Só pela força haveremos de limpar o nosso bairro da podridão dos futuuwat. – continuou Qasim – É pela força que haveremos de realizar a vontade do Fundador! É pela força que haveremos de fazer reinar a justiça, a compaixão e a paz! E a nossa força será a primeira a não ser tirânica! ”
Maguib Mahfouz, Os filhos do nosso bairro, Civilização Editora, 2009, p. 1, p. 217, p. 239 e p. 301.
A actualidade fez-me recordar esta obra de Maguib Mahfouz que conta a história do bairro do egípcio Gabalawi, em que se sucedem os administradores do waqf e os seus futuwwat, sob o flagelo do esquecimento num tempo para todo o sempre volvido.