Gustav Klimt. Baby. 1917-1918, The National Gallery of Art, Washington, DC, USA.
O lento borbulhar das ondas
transportou-me às memórias de infância
em que sorrir e rir
eram fáceis como respirar,
em que correr e saltar
eram fáceis como gritar.
Do interior do búzio ressoante em que te
transformaste
permitiste-me regressar a esses tempos favoráveis.
Gostei de me rever de calção de menino
e de camisa à marinheiro,
sujo de terra e coberto de nódoas negras nos joelhos.
Senti carinho pelo que fui.
Não fiquei saudoso nem triste,
apenas verifiquei que se tratou de uma fase da vida
feliz.
Agora urge viver o que o dia de hoje me trouxe.
Melhor ou pior, não sei…
Apenas sinto que é um outro momento,
uma diversa configuração astral se perfila
para me desafiar.
E aos desafios respondo com verbos:
perseverar,
caminhar,
cuidar e, sobretudo,
Amar.
F.L.
5 comentários:
Gostei mesmo muito. Sinto-me assim às vezes, só não o sei expressar de maneira tão bonita. Parabéns.
Obrigado pela simpatia de sempre, Inês:))
muito bonito...
:)
excelente...e eu lembro-me um bocadinho desse menino :)
Estavas por perto, bro:) E como foi bom partilhar contigo ainda uma parte da minha infância! Tornaste tudo muito mais divertido! Assim como os outros dias que se seguiram e que se estão a desenrolar, irmão! Obrigado por isso:))
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