Geração desencontrada,
desirmanada,
sedenta de Messias
cativantes em altares de fortuna
oscilantes e do género humano
desconfiada.
Ergue-te, ó petrificada!
Acumula em armas as quinas
da História que carregas!
Faz dela viva seiva edificante!
Ultrapassa os comuns lugares
e aspira a um País a sério.
Não! Não aspires!
Há séculos que nada mais fazes
que esperar não seja, sebastianicamente,
cavaquêsmente, socraticamente.
Tempo é de agir herculeamente!
Verás, enfim,
que se não mudaste de geração,
gerado foste em ambiente mais irmanado:
o Panteão dos Deuses infindos
escancarado está; não para o eterno descanso,
mas para o debuxo intermitente de plano
gizado por um geral construtor
que com tudo brinca e vai gargalhando
em sonoros pinchos de bola multicolor
saltitante.
F.L.
1 comentário:
Após muito tempo de ausência, cá estou eu de volta..
Esse espírito patriótico é contagiante sr filipelamas.. Gostei! Continua assim e, ainda acabas por erguer do tumulo um Afonso Henriques ou, qualquer outro desses gigantes da pátria..
Mas, só uma pergunta: quem é que ainda espera socraticamente...?
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