terça-feira, julho 17, 2007

Um golo

Um golo
de sede
rumo ao infinito
em que tacteio
e t’encontro
em margens de laranjas
sumarentas e em
fatias de abacaxi
insular.

Um golo
de fome
do afago
rumo ao finito
do quarto em que te sinto.

Um golo
de nada
em bebedeiras
de riso e gargalhadas
de tudo.

Assim: um golo
tragado em garganta
seca de Verão adiado.

F.L.

5 comentários:

rtp disse...

Soube bem ler um poema de FL depois de um interregno maior do que o esperado pelos seus inúmeros leitores! Muito bem! :-)

x disse...

«Um golo
de nada
em bebedeiras
de riso e gargalhadas
de tudo.»
ás vezes sinto mesmo falta disto, excelente imagem. muito bonito *

Anónimo disse...

As palavras do Filipe mesmo de nada ou quase nada dá-nos sempre uma imagem nova brilhante com cheiro a frescura....são Sempre Poesia...
Obrigado,
Um abraço

GBN disse...

Verão Adiado... mais uns dias de Primavera...

Claudia Sousa Dias disse...

Gosto!

Parabens!



CSD