Título original: An Inconvenient Truth
De: Davis Guggenheim
Género: Documentário
M/16 EUA, 2006, Cores, 100 min.
Estava a adiar o cumprimento deste dever – o de falar de "An Inconvenient Truth", um documentário que aborda a problemática do aquecimento global do planeta.
Nele, o antigo vice-presidente dos EUA, Al Gore, apresenta-se à frente das câmaras para fazer uma palestra semelhante às que vinha realizando, nos últimos anos, em vários pontos do mundo.
O filme tem o mérito indesmentível de alertar para um problema que toca a todos e cujas consequências, em larga medida, permanecem desconhecidas – ainda que as previsões se apresentem muito negativas.
O tom jocoso de algumas passagens suaviza a aridez da exposição, onde abundam informações técnicas e gráficos ilustrativos. As várias referências a episódios da vida de Al Gore (o da morte da irmã com cancro dos pulmões e que provocou um terramoto na família que, até então, se havia dedicado à produção de tabaco; o do acidente com um dos filhos que o levou a repensar o valor da vida e a importância de contribuir para a construção de um mundo melhor para legar às gerações vindouras; etc.) dão uma densidade humana ao palestrante e procuram explicar o imperativo categórico que parece (assim procura convencer-nos, pelo menos) movê-lo. Com estes dois ingredientes, o documentário é mais facilmente digerível por um público mais vasto.
Perpassa, no entanto, em todo o filme uma confessada postura anti-bush que lhe comunica um sabor a propaganda e lhe retira alguma seriedade. Apesar das críticas ao presidente americano, na minha opinião, nunca se afigurarem excessivas – em geral, e em particular no que concerne a esta problemática com a não assunção das obrigações plasmadas no Protocolo de Quioto – o protagonismo assumido por elas no contexto do documentário revela-se desproporcionado.
No fim, é lançado aos espectadores o repto de contribuírem para uma mudança de mentalidade. São sugeridas várias acções realizáveis à escala individual. Uma delas é falar do filme a outras pessoas. Decidi fazer a minha parte. Publiquei este post.
Nele, o antigo vice-presidente dos EUA, Al Gore, apresenta-se à frente das câmaras para fazer uma palestra semelhante às que vinha realizando, nos últimos anos, em vários pontos do mundo.
O filme tem o mérito indesmentível de alertar para um problema que toca a todos e cujas consequências, em larga medida, permanecem desconhecidas – ainda que as previsões se apresentem muito negativas.
O tom jocoso de algumas passagens suaviza a aridez da exposição, onde abundam informações técnicas e gráficos ilustrativos. As várias referências a episódios da vida de Al Gore (o da morte da irmã com cancro dos pulmões e que provocou um terramoto na família que, até então, se havia dedicado à produção de tabaco; o do acidente com um dos filhos que o levou a repensar o valor da vida e a importância de contribuir para a construção de um mundo melhor para legar às gerações vindouras; etc.) dão uma densidade humana ao palestrante e procuram explicar o imperativo categórico que parece (assim procura convencer-nos, pelo menos) movê-lo. Com estes dois ingredientes, o documentário é mais facilmente digerível por um público mais vasto.
Perpassa, no entanto, em todo o filme uma confessada postura anti-bush que lhe comunica um sabor a propaganda e lhe retira alguma seriedade. Apesar das críticas ao presidente americano, na minha opinião, nunca se afigurarem excessivas – em geral, e em particular no que concerne a esta problemática com a não assunção das obrigações plasmadas no Protocolo de Quioto – o protagonismo assumido por elas no contexto do documentário revela-se desproporcionado.
No fim, é lançado aos espectadores o repto de contribuírem para uma mudança de mentalidade. São sugeridas várias acções realizáveis à escala individual. Uma delas é falar do filme a outras pessoas. Decidi fazer a minha parte. Publiquei este post.
3 comentários:
Cumpriste muito bem a tua parte. Também a mim me agrada a linha anti-Bush, mas o certo é que o homem foi - apesar de pouco democraticamente - eleito. O povo americano e um certo irmão de Bush são realidades peregrinas. Não tendo visto o filme, penso que o futuro de Al Gore como político não se constrói desta forma.
Fui ver o filme há cerca de 15 dias, arrastada por um geógrafo que me acompanhou. Todas as partes técnicas eram, portanto, devidamente explicadas...
Gostei do alerta e achei um filme a memorizar.
Não gostei dos desvios ao documentário - a derrota eleitoral de Al Gore, as críticas a Bush, etc...
Não digo que um documentário deva ser neutro, mas, no mínimo, não pode ser propaganda política.
Parabéns por teres feito a tua parte em divulgar a questão ambiental! :)
O filme é bom,um alerta muito pertinente no mundo actual especialmente nos EUA, país bem retrogado no que diz respeito a compromissos ambientais (e não só) especialmente com este cowboy presidente, Al Gore cumpriu o seu papel como cidadão em relação ao meio ambiente, como político tenho algumas dúvidas mas tenho pena.....
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