São fantásticas as propriedades do aloé vera! Quase tão boas como as dos bifidus activos que povoam os iogurtes e substâncias quejandas. Junte-se a estas maravilhas da modernidade os produtos light, a fenilalanina, vulgo adoçante, e temos tudo aquilo de que o português médio precisa para ser feliz, sobretudo nesta época de estio em que o calor aperta e temos vergonha em mostrar aquele pneuzinho que ao longo do ano fomos carinhosamente alimentando. As babes estão na praia e o pneu não dá mesmo jeito nenhum… É também nessa altura que nos lembramos daquela resolução de ano novo de frequentar o ginásio, de puxar ferros e malhar forte e feio durante o ano todo para, no Verão, impressionarmos o sexo oposto com uns bíceps, tríceps e outros músculos de que agora não me lembro (sem malícia…) capazes de fazer o Schwarzenegger corar de inveja e de nos elevar ao ponto de um dos Rocky. Mas não. Relaxámos na forma e agora o aloé é o milagre por que tanto ansiávamos! Não há cá Nossa Sra. do Caravaggio que nos valha!
Essa maravilhosa planta com propriedades curativas e diuréticas elimina o dito pneu, cura o furúnculo, o pé de atleta, aquela unha encravada desde Novembro e mesmo a caspa que povoa os nossos ombros quais flocos de neve em árvore de Natal fora de época. Para além disto, é ainda o aloé vera responsável por importantes filosofias pós-modernas como o movimento das «aloé românticas» ou das «aloé surrealistas». Para já não falar no importante impacto na economia nacional e internacional. A pertinência e relevância da afirmação são tão evidentes que dispensam qualquer comentário suplementar pela certa chato e que não passaria de mais uma treta, tão ao gosto do T&L. Como diria alguém: a relação entre o aloé, a economia e os bolinhos de bacalhau do almoço que tenho de gramar agora ao jantar são como um elefante: uma pessoa vê-o (ao elefante) e percebe logo o que é (ou não…)!
É bom saber que uma distinta Fundação da nossa cidade se dedica a assuntos que realmente alegram e instruem a malta! Tudo com altos patrocínios de entidades insuspeitas.
Contudo, porque queremos ser democráticos, para aquela ínfima percentagem da população que não aprecia o aloé, aqui fica outra iniciativa igualmente interessante. Rapem os cabelos do peito (quem os tiver; não recomendável a senhoras) e embarquem em noites de puro deleite numa danceteria emblemática, quase tão boa como uma que recebeu ainda há muito pouco um embrulho de celofane… A não perder.
E lembre-se: tome aloé antes que precise mesmo dele! E sim, lá vou comer os bolinhos do meio-dia…
Aviso: tentei, juro que tentei, mas não consegui colocar a imagem do convite da Fundação. Fica o link http://www.bonjoia.org/
5 comentários:
peço desculpa, mas quem é como o elefante é o imposto. Ou como dizem em londres, "an illfant is very look like an impost".
É a tal vã glória com pronúncia de uma queen qualquer...
Confesso que tenho assim uma coisa com o Aloe Vera....como é que a mesma coisa está nos detergentes, cremes, shampô...e depois..nos iogurtes?! Comemos e ficamos a fazer bolhinhas??? :P
Eu só não percebo mesmo é como é que uma planta tem o nome de uma conversa telefónica: alô, é vera qui está falando?...
Sempre na brincadeirinha, a nossa dany, com a argúcia habitual!)
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