Uma Segunda Juventude, Francis Ford Coppola
Sítio oficial: http://www.ywyfilm.com/
Coppola é um nome que dispensa apresentações. Talvez por isso, quando sabemos que um novo filme com a sua assinatura se encontra em cartaz, corremos a vê-lo.
Assim foi com «Uma Segunda Juventude» («Youth without Youth»). O argumento, baseado no livro de Mircea Eliade, é muito bem pensado: um professor universitário (fantástica interpretação de Tim Roth) faz a busca da sua vida em torno das origens da linguagem, a procura daquele momento primevo em que a articulação de sons permitiu a comunicação humana. Tudo sacrificou a este desiderato, negligenciando a sua vida amorosa e perdendo a mulher da sua vida.
Já velho, um aparatoso acidente com um relâmpago torna-o de novo jovem, como se a vida lhe concedesse uma segunda oportunidade, agora dotado de extraordinários poderes que passam por capacidade intelectuais fenomenais e um desdobramento da personalidade que funciona como «tribunal da Razão», para dizê-lo com Kant.
Nova paixão carregada de sofrimento e, uma vez mais, a escolha entre a obra de uma vida e o Amor. Desta feita, a escolha recai sobre o último, mas esta opção traz a morte.
A narrativa é, contudo, demasiado lenta, embora com saltos temporais que em muito dificulta a compreensão cabal do argumento, facto desejado e que amplifica a dificuldade das escolhas da personagem principal.
Uma história interessante, porém demasiado longa (é a primeira longa-metragem de Francis Ford Coppola em 10 anos) e aquém de sucessos com a mesma assinatura tais como a trilogia «O Padrinho» e «Apocalypse Now».
Deixa-nos a interrogação: o que mudaríamos se tivéssemos uma nova oportunidade de viver?
5 comentários:
Concordo contigo!
Para além do que apontas, eu destacaria a fotografia e a música ...
A mensagem transmitida é interessante. Mas podia estar menos cifrada...
E, de facto, o filme podia ser mais breve!!
Concordo com a RTP, vale sobretudo pela música e pela fotografia mas a mensagem podia ser mais acessível ao comuns mortais (comme moi).
Valeu também pelo cumbíbio :)
O filme é lindíssimo...e curto. As mensagens não são cifradas, são milenares.É yoga. Mais que uma história de amor, é a história do sofrimento do homem, a busca da origem...da sua origem. A busca do conhecimento, da iluminação.
A cruz suástica e o nazismo não são um mero acaso. É a mesma cruz suástica que aparece no hinduísmo. Só que a rotação é diferente. Lembra-se da cruz brilhante no ligueiro preto da rapariga?
A palavra "suástica" deriva do sânscrito svastika (no script Devanagari - स्वस्तिक), significando um amuleto da sorte, e uma marca particular de pessoas ou coisas que trazem boa sorte.
Os Upanixades (em sânscrito उपनिषद् , Upanichád) são parte das escrituras Shruti hindus, que discutem principalmente meditação e filosofia, e são consideradas pela maioria das escolas do hinduísmo como instruções religiosas. Contêm também transcrições de vários debates espirituais, e 12 de seus 123 livros são considerados básicos por todos os hinduístas.
Dizem que quem chega ao shamadi obtem o total conhecimento, chega poisar uma mão num livro, ou a vista e obtem todo o conhecimento....que tal?????
E, aí vai um site para ajudar a descodificar este maravilhoso filme:
www.yoga.pro.br
E, um livro :) do Mercea Eliade :"Yoga, Imortalidade e LIberdade"" , traduzido em português.
Beijinhos para quem, eu sei, procura o conhecimento
Maria
Cara Maria,
Muito obrigado pelos preciosos ensinamentos!
Beijinhos.
Vou ter que esperar por dvd...
como de costume...
Abraço
P.
Enviar um comentário