Graças a um amigo, cheguei há pouco do Estádio do Dragão. A primeira vez que lá entrei. Espaço amplo, bem estruturado, moderno, arejado (para muitos demasiado arejado, atentas as aberturas laterais). Está de parabéns o arq.º Manuel Salgado, o FCP e a Cidade.
Ainda por cima tive direito a uns rissóis, croquetes e petiscos quejandos e cadeiras em couro! Viva o luxo! Com uma excelente panorâmica do estádio e um lugar privilegiado para observar os fenómenos de massas do assobio, das cantilenas, das tradições de família em sítio de culto. Palavrões não ouvi… Estava na área VIP…
Fixei sobretudo a imagem de um senhor que se levantava sempre que um jogador do FCP era rasteirado ou, de qualquer modo, perturbado na infinita glória de caminhar em direcção à baliza do Setúbal, bradando como se fosse um filho que, no campo, jazia em agonia. Grandes teses de doutoramento ainda estão para fazer sobre este fenómeno vindo do mundo anglo-saxão, simultaneamente bárbaro e fleumático.
No intervalo, nova sessão “gourmet”.
O resultado? No fim da 1.ª parte 1-0. No fim do jogo dizem que ficou 2-0. Só vi até ao 2.º “round” dos rissóis… Fiquei contente com o resultado, mas mais com a oportunidade de pôr a conversa em dia.
Ora digam lá se isto não é ser um típico adepto de futebol?
Ainda por cima tive direito a uns rissóis, croquetes e petiscos quejandos e cadeiras em couro! Viva o luxo! Com uma excelente panorâmica do estádio e um lugar privilegiado para observar os fenómenos de massas do assobio, das cantilenas, das tradições de família em sítio de culto. Palavrões não ouvi… Estava na área VIP…
Fixei sobretudo a imagem de um senhor que se levantava sempre que um jogador do FCP era rasteirado ou, de qualquer modo, perturbado na infinita glória de caminhar em direcção à baliza do Setúbal, bradando como se fosse um filho que, no campo, jazia em agonia. Grandes teses de doutoramento ainda estão para fazer sobre este fenómeno vindo do mundo anglo-saxão, simultaneamente bárbaro e fleumático.
No intervalo, nova sessão “gourmet”.
O resultado? No fim da 1.ª parte 1-0. No fim do jogo dizem que ficou 2-0. Só vi até ao 2.º “round” dos rissóis… Fiquei contente com o resultado, mas mais com a oportunidade de pôr a conversa em dia.
Ora digam lá se isto não é ser um típico adepto de futebol?
3 comentários:
Atipicamente, e por razões de muito peso, ontem não fui ao estádio. Mas para a próxima vez, meu caro, é preciso ter um cheirinho do "real deal". Fica prometido um convite para ver um jogo na superior sul (acho que agora tem outro nome), a uma distãncia razoavelmente segura do bando de hunos comandados pelo símio. Aí sim, há palavrões. De vez em quando até aprendo umas expressões novas, o que aos 37 anos (e para quem fez toda a instrução no ensino público) não é fácil. Nunca me esquecerei de um tipo que se levantou e gritou para o árbitro : "filho da p***, havia de te nascer um pessegueiro no c*!!!!" Sempre me intrigou a escolha da árvore. Porque não um limoeiro, um dragoeiro ou até, no limite, um carvalho? :)))
Bem, isso é que é viver! Rissol e croquete no Dragão. Sim, senhor! É o que se chama qualidade de vida! :-)
De qualquer modo, parece-me que tiraste a graça toda ao momento. O que se acrescentou em luxo e comodidade ao espectáculo, subtraiu-se, do mesmo passo, no que ele tem mais de típico e pitoresco.
E já agora, não me digas que foste de fato e gravata ... :-)))
Oh joe, isso é que é um desafio. FL tens de aceitar!!
Quantos à ausência de palavras menos delicadas, foi um acaso, mesmo na área VIP :) Ou então fui emparceirado com outros vi ai pis (talvez do meu nível?) quando as mordomias me calharam a mim =D
Segue-se o camarote presidencial... ;)
Enviar um comentário