quarta-feira, agosto 15, 2007

Luz em Amesterdão, Haarlem e Den Haag

Composição sobre a luz

Luz macilenta, cortante,
espelho de raios rarefeitos
aos tombos pelas trevas
e espreitando nos salgueirais
de margens luzidias.
Luz bafienta, ornada
de lâmpadas de inocência
no cais da infância guerreira.
Luz salvífica, em cruz
carregada ao Gólgota dos dias
sem luz, só com gritos de
"ecce homo" e arrependimentos
de ladrões maus e desespero de ladrões bons.
Sim, luz é oposta a escuridão
de pensamento, a teias de preconceito.
É água que sacia a indiferença,
é penhasco em que anuncio a Redenção.
Luz é tudo. Luz és Tu. Luz sou Eu reflectido em raios de luz
que te reflectem na lua do luar
do lago em que a sereia
prometeu Paz a quem lhe desse Luz.
Só Luz.
Em teu regaço.

F.L.




1 comentário:

Anónimo disse...

Um grande poema, com imagem,reflexão, e sentido....Um Abraço