Aqui fica um pequeno extracto:
adios, regatos pequenos;
adios, vista dos meus ollos:
non sei cando nos veremos.
Miña terra, miña terra,
terra donde me eu criei,
hortiña que quero tanto,
figueiriñas que prantei,
prados, ríos, arboredas,
pinares que move o vento,
paxariños piadores,
casiña do meu contento,
muíño dos castañares,
noites craras de luar,
campaniñas trimbadoras,
da igrexiña do lugar,
amoriñas das silveiras
que eu lle daba ó meu amor,
camiñiños antre o millo,
¡adios, para sempre adios!
¡Adios groria! ¡Adios contento!
6 comentários:
Associo-me a esta homenagem. Assim, de repente, julgo que apenas li obras de um autor galego. Do grande Gonzalo Torrente Ballester. E li muito pouco.
Aí está algo a explorar, em breve: a literatura galega!
Há uma expressão que exprime bem a relação especial da Galiza com o Norte de Portugal, e dito por um galego: "Galicia es Portugal del Norte; El Norte de Portugal es El Sur de Galicia!"
Há outra expressão:) de espanha nem bom vento, nem bom casamento.
E, aí está hoje o vento leste a confirmar....ah...por acaso o meu avô era espanhol..que coisa!
O estilo simples e feliz dos escritos da Rosalia de Castro são sem dúvida muito agradáveis. A Rosalia conseguia encontrar encanto nas mais pequenas coisas do quotidiano. Fica desde já o repto de uma visita à sua casa e sepultura em Padrón... uns 150Kms a norte do Porto. E podem deliciar-se com os famosos pimentos.
LPC
PS: E desvendando o anonimato electrónico... sim sou eu claro!
Sempre vamos tendo a estátua na Praça da Galiza. Curiosamente já tinha ouvido este poema numa aula de Direito do Trabalho... e em espanhol.
Essas aulas de Direito do Trabalho deviam ser bem animadas! Mais do que aquelas que tive...
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