domingo, dezembro 17, 2006

Natal


Giotto, A Natividade e a Adoração dos Pastores, 1304-1306 (fresco), Capella degli Scrovegny, Pádua, Itália.

Tempo de depor as armas,
Espaço para o abraço.
Luz que inebria
A constante alegria
De nos abrirmos ao Outro
De par em par,
Sem máscaras,
Sem ouro, incenso ou mirra.
Apenas contemplando a Estrela
Que esboça o Oriente da Vida
Onde estás tu, tu e tu:
Seres natais em natividade crua.

Quem dera Natal…

Da coronha das armas
Transfigura uma flor.
A mais simples.
Não é outro o Natal
Que a singeleza de
Linhas que em paralelo correm
E que em noite favorável
Se encontram
Na gruta do Sonho!

Natal. Já somos Natal!

F.L.

3 comentários:

rtp disse...

Depois da promessa feita em comnetário a um post anterior, estava à espera do poema sobre o Natal. E eis que surge - mágico e belo como a quadra que homenageia!

rocky disse...

O espírito natalício desceu, definitivamente, sobre o T&L. Achei curiosa a associação do Sonho ao Natal, com a qual não poderia estar mais de acordo. O Natal significa o nascimento e/ou a renovação de um sentimento de plenitude, generosidade, amizade e alegria. E de onde mais poderia brotar tudo isto, senão do Sonho?

Anónimo disse...

Bom dia Filipe,
Um belo retrato em mais um desenho poético, muito bem arquitectado com o engenho bem imaginativo do grande artista.... Belíssimo,
Embora já tardiamente agradeço e retribuo as boas festas...Espero também que o ano que se aproxima te traga tudo o que pretendes, pois mereces sempre muito mais.....Um Abraço