O sonho do infante (o infante D. Henrique no promontório de Sagres), pormenor, José Malhoa, 1907-1908, Museu Militar, Lisboa.
Alma enorme e generosa
De sentida pronúncia feita.
Gente honrada e valorosa
A quem a História não despeita.
Do arrumador em rua estreita
Ao industrual de dinheiro vestido,
Do Porto-gente há a suspeita
De ser pirâmide de cume invertido.
Odor a gente em cidade granítica
É melodia atonal em dor mítica!
F.L.
6 comentários:
Fabulosa descrição do povo da invicta. Belo poema.
Sempre adorei ler poemas do meu, do nosso Porto. É a única poesia que, qualquer que seja a disposição do momento, consigo ler sempre. Obrigado por, inesperadamente, me ter dado esse prazer, na minha leitura diária do t&l.
Eu é que fico muito honrado pela tua presença, principalmente agora que te tornaste um ilustre clérigo portuense...
Também a mim muito me apraz sabe-lo leitor diário do T&L! Uma audiência de tal calibre só dignifica o nosso blog. :-)
Agradecendo a sua versão humanista, permita-me retribuir:
À CIDADE DO PORTO
Local
simples,
com um cariz intemporal
e um toque universal.
Vivência.
Tanta!
Dispersa
por toda a sua existência.
Berço,
lar
de todo o meu apreço.
Abrigos,
inúmeros
para qualquer dos seus amigos
Espaço – cidade
onde o tempo
se reveste na realidade.
Porto,
onde o passado
e o presente
são uma união,
cuja consequência
faz do futuro
a sua eloquência.
Caro Vicente,
Muitos parabéns pelo seu poema. Gostei da métrica utilizada e, em especial, da última estrofe: rica, plena de sentido e que projecta o leitor para o futuro, como que deixando o nosso Porto nas mãos de cada um de nós. Também assim concebo a relação com a cidade que amamos.
Obrigado pela visita!
Abraço.
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