Coliseu composto, ainda que com algumas clareiras. As luzes apagam-se. Em completa escuridão começa a ouvir-se "Universo ao meu redor". Por breves instantes, sob uma luz branca intensa, vislumbra-se Marisa a encimar uma cascata onde se encontram os nove músicos que a acompanham. Foi apenas um flash. Faz-se novamente breu e a música continua: "Graças a Deus um passarinho/ Vem me acompanhar/ cantando bem baixinho/ E eu já não me sinto só/ Tão só, tão só/ Com o Universo ao meu redor".
Assim se iniciou o segundo espectáculo de Marisa Monte no Coliseu do Porto, Quarta-feira, dia 6 de Setembro, integrado na digressão Universo Particular. Estava, também, lançado o mote para cerca de duas horas de música, onde a voz de Marisa teve como parceiros, não só uma multiplicidade de instrumentos (vários tocados por ela), mas também uma profusão de interessantes recursos cénicos.
Desfilaram – misturadas - canções dos cd`s gémeos "Universo ao meu redor" e "Infinito Particular" e êxitos de outros discos, em especial dos do projecto Tribalistas. (Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown estão, aliás, quase permanentemente presentes. Marisa não se cansa de os evocar).
Tudo envolvido por atractivos artifícios visuais: jogos de luzes; plataformas móveis que, deslizando, criam espaços mais intimistas ou mais amplos; gruas que se denunciam; candeeiros iluminados que se passeiam de um lado ao outro do palco. Tudo muito bem concebido e bem sucedido. Destaca-se, no entanto, na música "Meu Canário", a presença de uma gaiola com dois "canários enjaulados ecologicamente correctos": eram dois cubos cor-de-rosa que balouçavam à cadência da música dentro de uma gaiola ("Levitação Cúbica" de Franklin Cassaro).
O publico manifestou-se timidamente. Foi generoso quando ouviu a "Velha Infância" e cantou efusivamente quando, no encore, surgiu "Já sei namorar". A generosidade amena do público foi retribuída com o profissionalismo da artista. Faltou arrebatamento de parte a parte; faltou cumplicidade. Faltou o clima especial de comunhão e emoção que senti, por exemplo, ao ouvir Maria Rita na mesma sala, há quase dois anos.
Em suma, um espectáculo morninho a que faltaram "Beija eu " e "Amor I love you".
Assim se iniciou o segundo espectáculo de Marisa Monte no Coliseu do Porto, Quarta-feira, dia 6 de Setembro, integrado na digressão Universo Particular. Estava, também, lançado o mote para cerca de duas horas de música, onde a voz de Marisa teve como parceiros, não só uma multiplicidade de instrumentos (vários tocados por ela), mas também uma profusão de interessantes recursos cénicos.
Desfilaram – misturadas - canções dos cd`s gémeos "Universo ao meu redor" e "Infinito Particular" e êxitos de outros discos, em especial dos do projecto Tribalistas. (Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown estão, aliás, quase permanentemente presentes. Marisa não se cansa de os evocar).
Tudo envolvido por atractivos artifícios visuais: jogos de luzes; plataformas móveis que, deslizando, criam espaços mais intimistas ou mais amplos; gruas que se denunciam; candeeiros iluminados que se passeiam de um lado ao outro do palco. Tudo muito bem concebido e bem sucedido. Destaca-se, no entanto, na música "Meu Canário", a presença de uma gaiola com dois "canários enjaulados ecologicamente correctos": eram dois cubos cor-de-rosa que balouçavam à cadência da música dentro de uma gaiola ("Levitação Cúbica" de Franklin Cassaro).
O publico manifestou-se timidamente. Foi generoso quando ouviu a "Velha Infância" e cantou efusivamente quando, no encore, surgiu "Já sei namorar". A generosidade amena do público foi retribuída com o profissionalismo da artista. Faltou arrebatamento de parte a parte; faltou cumplicidade. Faltou o clima especial de comunhão e emoção que senti, por exemplo, ao ouvir Maria Rita na mesma sala, há quase dois anos.
Em suma, um espectáculo morninho a que faltaram "Beija eu " e "Amor I love you".
3 comentários:
Ok. ok... Eu sei que a inveja é uma coisa muito feia, mas não dá mesmo para controlar! E depois de uma descrição como esta, não há como não desejar ter assistido!
Obrigada! E quanto à inveja, deixa lá! Eu também senti quanto vi que "a joaninha voou voou até Lx" para assistir ao concerto dos pearl jam. :-)
Confesso que não conhecia quase nada do repertório da cantora, tirando a sua passagem pelos Tribalistas. Concordo com o comentário da rtp e na retina também me ficou o espectáculo cénico, para além de uma sensação esquisita de que o público - em geral - estava ali como podia estar em qualquer outro lugar. Será esta a maneira de sentir do Porto e das suas gentes? Creio que não. Simplesmente há noites em que só uma miúda lá no topo do Coliseu «curtiu bué» o que se ia passando.
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