Só(neto)
Rosto enrugado em pergaminho
Da miséria e ventura humanas.
Corpo manchado pelo caminho
Que tu, Enfermidade, ora ufanas!
De olhar perdido e encontrado
No suave torpor em que medes
O acre Destino amado;
A Paz que enfim pedes.
– Olha, filho, que água tão pura!
– É Agosto, avó…
(Se ao menos as palavras fossem cura…)
É a minha oportunidade de ser neto,
De retribuir em gesto
O esboço do teu projecto!
3 comentários:
Lindo!!
Obrigado pela palavra imerecida! Foi um pema sentido sobre um problema que vivo de perto.
Eu sei o que vives, permite-me pensar assim e dizê-lo...
Um beijo
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