quarta-feira, julho 05, 2006

Klimt


Meia desilusão, este «Klimt» de Raoul Ruiz. Uma fotografia de bom nível para um argumento relativamente banal. A narração «in media res» levada ao exagero nunca foi sinónimo de qualidade. Malkovitch surge com uma representação que, apesar de não estar ao nível de outras a que nos tem habituado, não desmerece o consagrado actor. No final, de entre uma câmara que teima em rodar demasiado e de uma nudez por vezes exposta sem sentido, fica um retrato fiável da loucura e da ténue linha que a separa da sanidade. Não sei bem porquê, mas saí da sala a trautear interiormente uma das «Elegiac Melodies» de Grieg. Se mais não fora, os 5 € já valeram por isso…

1 comentário:

Inês Ramos disse...

Concordo contigo. Também estava augada por este filme e fiquei um bocado desiludida. Achei que tem momentos de rara beleza como quando as folhas de ouro voam em estilhaços pelo ar (o que empresta à expressão "chuva dourada" todo um novo significado, não é verdade?) mas além da sublime banda-sonora e do filho do Klaus Kinski (Nikolaï Kinski - Schielle) que me deliciou com os seus olhares de vampiro o filme era muita "passa e pouca chuva"... ;)