quarta-feira, julho 05, 2006
Inteiro
Dia pleno!
O momento transcende os circunstantes.
Os olhares que se encontram,
Num afago perpétuo,
Compõem um hino triunfante a Orfeu.
Impõe-se-nos, desabrido, o instante em que as nossas Vidas,
Por um Acaso milimétrico se entrelaçaram.
As primeiras palavras. As primeiras carícias.
O conhecimento e a certeza
De não mais nos apartarmos!
Dia inteiro!
O orvalhar segreda-nos, ofegante:
«Rejubilai! Festejai!
Este é o ledo prelúdio de um Renascer!»
Medos? Tergiversações? Dificuldades?
A nenhum deles escaparemos
Nem ousamos escapar!
O Amor que em nós transborda,
Qual cordel dobrado em três,
É a seiva vivificante para as
Enfermidades do nosso caminhar!
Dia pleno!
Olho em volta.
Risos. Abraços. Lágrimas. Felicidade.
Não mais quero acordar deste
Etéreo Sonho
Que convosco partilho!
Se a realidade não é esta,
Deixai-me hoje ser Criança
E retornar ao quente ventre da Infância!
Dia pleno!
Todos os dias serão plenos!
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1 comentário:
Um poema lindo (como já disse ao autor), oferecido num dia pleno :)
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