quinta-feira, setembro 29, 2011

Uivo


Allen Ginsberg não deixou ninguém indiferente. Supostamente é isto que caracteriza a literatura da não-literatura, a imortalidade da vida comezinha. O filme sobre «Uivo e outros poemas», na interpretação de James Franco, geralmente convence, embora repetitivo em alguns momentos. É certo que a cadência dadaísta do poeta exigia uma certa repetição dos textos, mas por vezes o argumentista e o realizador exageraram.
Tal como a junção da animação ao filme, ao invés já da troca entre o preto e branco e a cor. As temáticas dariam teses de doutoramento: o que é a literatura, o que se entende por obscenidade, quais os limites da liberdade de expressão e criação artística, o que é a homossexualidade e como reage/reagia a sociedade a essa «condição» (assim lhe chama o poeta).
Tudo temas que demoram a digerir, na certeza de que a Liberdade é sempre uma estrela cadente que urge preservar. Em todos os domínios da vida.

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A quase totalidade do poema pode ser consultado em:
http://anaphylaxxya.blogspot.com/2010/02/o-uivo-parte-i-allen-ginsberg.html

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