domingo, setembro 18, 2011

Acolhi-te

Chegaste e conquistaste o meu coração.

Numa noite imprevisível

surpreendi-te de mala feita

e em longínqua viagem interior.

Acolhi-te com sentimentos de misteriosa

felicidade mascarada de tristeza

pela ausência de um certo olhar.

Carregavas nos olhos um desalento,

um estar farto de tudo e todos,

uma desilusão com o género humano.

Todo ele, sem excepção.

Alimentei a presunção de ser diferente,

de te conseguir cativar,

de te fazer saborear a beleza humana.

Julguei ter, ao menos, captado um esgar de atenção.

Pensei, ingenuamente, que um laço forte

nos passou a unir.

Quem me mandou julgar,

quem me autorizou a pensar?

F.L.

2 comentários:

Tiago disse...

:)

Teresa Augusta disse...

excelente!!