domingo, maio 22, 2011

Monotony

Escuro manto de silêncio trazes em ti guardado.

Memórias vãs do passado contrapões ao teu destino.

Cordas mansas de violino enuncias na voz.

Pétalas de desgosto ponteiam flores murchas e secas,

dir-se-iam espinhos de calamidades caseiras.

Luz alba e desmaiada robustecida pelo

arco-íris de lágrimas vertidas em copos de

cristal gelado e inerte.

Levantas-te em direcção ao Nada,

vestes-te pensando no Tudo.

Lavas-te sem pensar (?), existindo apenas.

Sais de casa sem rumo, na direcção do poente.

Queres apanhar o dia já no seu fim,

ali mesmo perto do ocaso.

(Assim o tempo custa menos a passar

e a tua vida parece menos desinteressante.)

Regressa para casa!

Amanhã o ritual repete-se.

Tem esperança nisso…

F.L.

4 comentários:

Inês Guedes disse...

Está brilhante. Parabéns.

filipelamas disse...

Obrigado pela simpatia, Inês:)

Anónimo disse...

Boa tarde,
não haja dúvida quem quer ler com acertividade,formas brilhantes de imagens poeticas quase musicais tem que ler o FILIPE LAMAS
Sorriso e Abraço

filipelamas disse...

Obrigado pela simpatia de sempre, @zulebranco!