Escuro manto de silêncio trazes em ti guardado.
Memórias vãs do passado contrapões ao teu destino.
Cordas mansas de violino enuncias na voz.
Pétalas de desgosto ponteiam flores murchas e secas,
dir-se-iam espinhos de calamidades caseiras.
Luz alba e desmaiada robustecida pelo
arco-íris de lágrimas vertidas em copos de
cristal gelado e inerte.
Levantas-te em direcção ao Nada,
vestes-te pensando no Tudo.
Lavas-te sem pensar (?), existindo apenas.
Sais de casa sem rumo, na direcção do poente.
Queres apanhar o dia já no seu fim,
ali mesmo perto do ocaso.
(Assim o tempo custa menos a passar
e a tua vida parece menos desinteressante.)
Regressa para casa!
Amanhã o ritual repete-se.
Tem esperança nisso…
F.L.
4 comentários:
Está brilhante. Parabéns.
Obrigado pela simpatia, Inês:)
Boa tarde,
não haja dúvida quem quer ler com acertividade,formas brilhantes de imagens poeticas quase musicais tem que ler o FILIPE LAMAS
Sorriso e Abraço
Obrigado pela simpatia de sempre, @zulebranco!
Enviar um comentário