"Inglourious Basterds" ("Sacanas sem Lei"): Tarantino no seu melhor! Banda sonora desarmante em momentos de intensidade dramática quase impossível de alcançar. Brad Pitt dá vida ao papel que desempenha e o argumento mostra uma II Guerra como nunca a vimos. É certo que a realidade histórica não foi como Tarantino a descreve, mas e se tivesse sido? Quantas vidas não se haveriam salvo e quão mais "divertido" (leia-se o adjectivo em puro estilo cinematográfico, claro está!) tudo teria sido...
domingo, setembro 13, 2009
Teatro x2
Duas experiências de teatro muito diversas: Hedda Gabler, do norueguês Henrik Ibsen, no Teatro do Campo Alegre, e Os Idiotas, de Fiódor Dostoiévski.
Gabler é uma experiência simpática, em ambiente familiar no qual se vai desenrolando uma pequena-grande tragédia que tem o tédio, a falta de amor e o casamento tonto por ingredientes principais. Confesso que Sofia Alves claudica em momentos-chave da peça, não deixando de parecer algo deslocada do que era pedido a uma Hedda dona do mundo e simultaneamente de uma fragilidade assustadora. Nota mais para Vítor de Sousa que, em alguns momentos, parece também ele deslocado, mas agora em função de alguma «televisice TVI/Morangos com Açúcar» da protagonista.
Os Idiotas, no Teatro Nacional São João adivinhava-se como um exercício de «endurance» possivelmente incapaz de ser superado. E foi mesmo... A peça durava 5 horas e meia. Aguentámos 3 h... Já não foi mau! A peça falada em Lituano e com tradução em Português, através de um aparelho que mal dava para ler e acompanhar o desenvolvimento cénico ao mesmo tempo, a que se juntou uma história excessivamente longa e, em muitos passos, desconcertante e «nonsense», aconselharam a saída...
Já se sabe como são as obras de Dostoiévski, mas bem que podiam ter feito um resumo...
Gabler é uma experiência simpática, em ambiente familiar no qual se vai desenrolando uma pequena-grande tragédia que tem o tédio, a falta de amor e o casamento tonto por ingredientes principais. Confesso que Sofia Alves claudica em momentos-chave da peça, não deixando de parecer algo deslocada do que era pedido a uma Hedda dona do mundo e simultaneamente de uma fragilidade assustadora. Nota mais para Vítor de Sousa que, em alguns momentos, parece também ele deslocado, mas agora em função de alguma «televisice TVI/Morangos com Açúcar» da protagonista.
Os Idiotas, no Teatro Nacional São João adivinhava-se como um exercício de «endurance» possivelmente incapaz de ser superado. E foi mesmo... A peça durava 5 horas e meia. Aguentámos 3 h... Já não foi mau! A peça falada em Lituano e com tradução em Português, através de um aparelho que mal dava para ler e acompanhar o desenvolvimento cénico ao mesmo tempo, a que se juntou uma história excessivamente longa e, em muitos passos, desconcertante e «nonsense», aconselharam a saída...
Já se sabe como são as obras de Dostoiévski, mas bem que podiam ter feito um resumo...
sábado, setembro 12, 2009
Casa da Música - rentrée
Já aqui comentei como gosto de Setembro, do retomar dos projectos e concretizações que - e bem - ficam suspensos em Agosto (também é essencial tirarmos férias deles e até uns dos outros; sim, as pessoas precisam de férias umas das outras...).
Pois bem, foi óptimo voltar ontem à Casa da Música para assistir a um dos concertos organizados em torno do grande Haydn, o setecentista que "popularizou" o género sinfónico. por ocasião do bicentenário da sua morte. Boa casa, com público ávido de notas que ecoaram por aquela que é já uma referência nacional e internacional - a "nossa" Casa da Música!
Pois bem, foi óptimo voltar ontem à Casa da Música para assistir a um dos concertos organizados em torno do grande Haydn, o setecentista que "popularizou" o género sinfónico. por ocasião do bicentenário da sua morte. Boa casa, com público ávido de notas que ecoaram por aquela que é já uma referência nacional e internacional - a "nossa" Casa da Música!
sexta-feira, setembro 04, 2009
Culturicis sofisticadus agudus
Levar a Cultura a sítios onde habitualmente a não encontramos é sempre um desiderato louvável.
Esta afirmação apodíctica choca, todavia, com a ideia "pós-moderna" de que qualquer "instalação" (como agora se diz) é uma obra de arte. Não é.
Exemplo paradigmático encontrei na "Serralves na Baixa", ao lado dos mais concorridos espaços de diversão nocturna actuais do Porto. Uns três pisos de um edifício a necessitar de remodelação urgente (ao que julgo, antiga sede de uma emissora radiofónica), era ver um conjunto de televisores com caras estranhas, com filmes que não se percebem e com sons inimigos dos tímpanos.
Concordo com a ideia de que a arte não tem de ser instantânea. Mas desconfio que muitos dos supostos "artistas" se refugiam na total incompreensibilidade das suas "obras" para tentar ocultar o deserto de ideias em que vivem...
Sobretudo, irrita-me solenemente que o ser humano A pense que todos os outros são destituídos de miolos e que só ele/ela é que foi bafejado/a por Deus (ou similar)...
Vejam com os vossos olhos: Rua Cândido dos Reis, até 20/9. Ah! O que vale é que a entrada é grátis...
Exemplo paradigmático encontrei na "Serralves na Baixa", ao lado dos mais concorridos espaços de diversão nocturna actuais do Porto. Uns três pisos de um edifício a necessitar de remodelação urgente (ao que julgo, antiga sede de uma emissora radiofónica), era ver um conjunto de televisores com caras estranhas, com filmes que não se percebem e com sons inimigos dos tímpanos.
Concordo com a ideia de que a arte não tem de ser instantânea. Mas desconfio que muitos dos supostos "artistas" se refugiam na total incompreensibilidade das suas "obras" para tentar ocultar o deserto de ideias em que vivem...
Sobretudo, irrita-me solenemente que o ser humano A pense que todos os outros são destituídos de miolos e que só ele/ela é que foi bafejado/a por Deus (ou similar)...
Vejam com os vossos olhos: Rua Cândido dos Reis, até 20/9. Ah! O que vale é que a entrada é grátis...
quarta-feira, setembro 02, 2009
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