segunda-feira, março 02, 2009

Fitas





Milk, de facto, é Sean Penn. Fabulosa representação! Cada gesto, cada olhar, retratam na perfeição um líder de um movimento gay que ousou lutar. Muito bem entregue o Óscar!

O Leitor é outro exemplo de excelente representação, agora de Kate Winslet. O romance na adolescência está retratado com sobriedade e encanto. A honra - esse estranho ser - ocupa papel de destaque num mundo de pós-guerra.

Frost/Nixon: uma espécie de policial televisivo. Ocupa o tempo, sem grandes arrebatamentos. Suficiente mais.

Moscow, Belgium, ontem, último dia do Fantasporto. Comédia romântica mediana, com argumento previsível. Valeu por algumas gargalhadas de um Johnny il camionista amoroso...

3 comentários:

Me, Myself and I disse...

Frost Nixon : grande papel do Frank Langela...Um olhar sobre o poder dos media e de quem conduz e faz avançar.
A 1ª vez em que o close-up foi introduzido como parte indespensável da linguagem jornalistica televisiva, principalmente no contexto político.
Suficiente mais talvez seja injusto...é um bom filme.
Agora em comparação com os restantes candidatos aos Oscares, não estava à altura.

rtp disse...

A interpretação de Sean Penn em Milk é, de facto, muito boa! O actor encarna a personagem. Veste-lhe a pele a ponto de fazer esquecer o actor que lhe dá a vida.
Gostei muito da interpretação de Kate Winslet em Leitor, apesar de acompanhar todos aqueles que preferiram vê-la em "Revolutionary Road". Mas o “Leitor”, no seu todo, merece destaque. As outras interpretações são de elevada qualidade. E a história consegue uma aliança muito interessante entre a descrição de um (dois) drama(s) individual(ais) e o seu enquadramento no contexto dramático que dilacerou a humanidade, durante e após a II Guerra Mundial.
E já que falamos de interpretações, uma palavra para um outro filme que nos apresenta um punhado de boas interpretações: “A dúvida”. É a Meryl Streep, é o Philip Seymour Hoffman, é a Amy Adams, e é claro Viola Davis!
Frost/Nixon ainda não vi ... ;-(

Me, Myself and I disse...

Doubt é daqueles filmes que vale pelas interpretações. Achei exagerado a Viola Davis ter um papel de menos de 5 minutos e chegar para uma nomeação para Oscar (Dame Judie Dench ganhou o dela com um papel ainda mais curto...) e a Amy Adams...huumm...não me pareceu "oscar material". Já Seymour Hoffman e Streep são soberbos. Mas simplesmente não era o ano deles.
O filme é uma estreia na realização e no argumento de Michael Patrick Shanley, o dramaturgo que ganhou o Pulitzer com a peça teatral que serviu de base ao filme. E essa base é demasiado visivel, com efeitos q podiam ser melhores no filme no seu todo.
Torna-o limitado visualmente, demasiado focado nas interpretações, não utilizando todo os recursos q o cinema lhe permitia dispôr.
Para além disso há cenas que seriam dispensáveis, metáforas pseudo-poéticas com o recurso às forças da natureza...enfim, simbolismo bacoco.
Para 1º filme ser considerado um dos filmes do ano é uma vitória. Embora o texto seja muito bom falta ao filme o que separa o bom cinema daquele que fica para sempre.