quinta-feira, janeiro 22, 2009

Rosa Alchemica



Alinho alguns trechos que mais me marcaram da leitura de Rosa Alchemica, Lisboa: Roma Editora, 2008, a obra (em edição bilingue) do místico William Butler Yeats (1865-1939), Prémio Nobel da Literatura em 1923:

Intensa análise d’«essa pequena, infinita, vacilante e eterna chama a que chamamos nós próprios» (p. 13). Visão do homem como «um momento que estremece perante a eternidade – a moment shuddering at eternity –, mas a eternidade que chora e ri por um momento» (p. 37). Entendimento do amor: «quando um homem ama com nobreza conhece o amor através da compaixão infinita, da confiança indizível, da afinidade eterna; se ama sem nobreza conhece-o através do ciúme intenso, da aversão repentina e do desejo insaciável; mas não conhece nunca o amor sem véu» (p. 57). Exorcizar aqueles que, como Aherne, o «quase-sacerdote», das belas-artes têm a ideia de que «foram enviadas ao mundo para arruinar as nações e por fim a própria vida, semeando por toda a parte desejos sem limites, quais archotes lançados sobre uma cidade em chamas». Entender o relativismo das preocupações mundanas (?): «Qual é a doutrina? (…) Alguma discussão medieval e inútil sobre a natureza da Trindade, que só serve para mostrar que muitas coisas que um dia abalaram o mundo não têm hoje nenhuma importância para nós?» (p. 75).

3 comentários:

rtp disse...

Gostei de ler as passagens que transcreveste.
Sou fã da poesia de Yeats.
Pena que, entre nós, não se encontre, de momento, disponível grande parte da obra dele!

GBN disse...

W.B. Yeats: 1865 - 1939.

filipelamas disse...

Tens razão! Em 1917, Yeats casa com Georgie Hyde-Lees. Deve ser um acto falhado da minha associação entre casamento e morte. Lol!!