A roda da vida
"Nenhuma defesa apresentada pelos advogados do Rei foi relevante para os extremistas da Convenção. Muitos deles argumentaram que o julgamento em si era completamente desnecessário. Ao contrário dos Girondinos, que consideravam importante manterem o Rei vivo como refém, Robespierre era de opinião que Luís Capeto já se tinha condenado à morte pelos seus actos. O jovem orador revolucionário Saint-Juste disse: «Luís já foi julgado, não pode ir outra vez a tribunal... Deve morrer não pelo que fez, mas pelo que foi.»"
Antonia Fraser - Maria Antonieta - A viagem, Ed. Oceanos, 2001, p. 158.
10 comentários:
Fantástica foto que me faz recordar Paris (que saudades!!) e uma interessante nova perspectiva sobre o princípio do "ne bis in idem"! Ou seja, aliaste trabalho com lazer!
A pena de morte não é sempre de evitar?
A propósito - aqui há gajas:
www.pnet.pt
"E a voz disse: Deve morrer não pelo que fez, mas pelo que foi"...
Sou contra a pena de morte!!
Seja quem for...deve pagar pelos seus actos..mas vivo!
A sua consciência, é a sua própria morte lenta...
Um bom fim de semana.
Abraço amigo da
Maria
Meus caros Amigos,
Tenho a certeza que o excerto não foi colocado pela rocky como qualquer defesa da pena de morte! Muito pelo contrário, todos nós cá no T&L somos contra ela!
Que Terror de discurso!
Claro que só pode ter sido aqui colocado como protesto contra a pena de morte.
Ainda por cima relacionada com questões ideológicas!
CSD
Convictamente contra a pena de morte! São, aliás, exemplos históricos como este que reforçam a certeza. Mas achei que valia a pena olhar para trás, para o que defendeu Saint-Juste (um verdadeiro torcionário), para, afinal, perceber que esse passado não está assim tão distante. Casos semelhantes não faltam...
Grande protesto entre aspas á pena de morte dependentemente das ideologias de cada sociedade..
Bom fim de semana
Beijinhos Zita
Uma citação curiosa do livro que serviu de base ao filme "Marie Antoinette" de Sofia Coppola. Foi, aliás, por esse motivo que o li. Revelou-se-me uma obra com algum (bastante) interesse no retrato histórico que apresenta, mas um pouco pobre sob o ponto de vista literário!
Concordo, rtp: o livro não prima pela qualidade do texto. Este é um dos casos em que há que retirar o melhor que as coisas têm. E o melhor, neste livro, é mesmo o relato histórico feito pela Antonia Fraser, ainda que, na minha perspectiva, não inteiramente isento.
Devo dizer que, neste particular, fiz a "dobradinha": com muita pena minha, não li o livro nem vi o filme...
Nonetheless, quanto a Maria Antonieta, sugiro a biografia de Stefan Zweig (um clássico!) - considerada uma das melhores biografias de sempre da rainha.
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